03 fevereiro 2013

"The perks of being a wallflower"

Hoje, acaso do destino ou não, "cruzei-me" com um dos melhores filmes que já vi até hoje. Derivado de um livro escrito há alguns anos atrás, "The perks of being a wallflower" foi um dos filmes adaptados de livros mais bem conseguidos de sempre. Conta com um elenco de "luxo", um cenário espetacular e com uma banda sonora estonteante. É incrível a forma como esta história é capaz de perdurar tempos infinitos abordando temas que, felizmente ou infelizmente, são sempre atuais e são tabus na nossa sociedade. É o caso da violação, homossexualidade, homofobia, drogas, exclusão social, "bullying",  ...

- a história -

Trata-se da história de um adolescente que perdera o seu melhor amigo que se suicidou. Charlie encontra-se isolado de tudo o que o rodeia e, para ele, o começo do secundário é desesperante. Por sorte, encontra um rapaz extrovertido, Patrick, que muda a vida de Charlie, levando-o a conhecer, mais tarde, o grande amor da sua vida. Patrick e Emma conseguem que Charlie volte a integrar-se e criam todos um laço de amizade quase perfeito.
Com o desenrolar da história, Charlie vai demonstrando que tem uma perturbação que está ligada ao falecimento da sua Tia Helen, com a qual tivera mantido uma relação próxima (demasiado até, como nos apercebemos no final). Charlie apaixona-se por Emma e, no meio de muitos conflitos derivado de drogas, homossexualidade, namoros, homofobia pela parte do pai do namorado de Patrick e medos, eles vão-se cativando.
Quando, já no final, Emma e Charlie se envolvem, percebemos que este ao ser tocado por ela, é invadido outra vez por pensamentos ligado à sua tia Helen. Entretanto, Patrick e Emma saem da cidade e Charlie fica outra vez sozinho.
Sentindo-se "perdido" liga à sua irmã e começa-nos a revelar o seu passado quando diz que se a tia morreu por causa dele foi porque ele assim o quis. À partida parece-nos contraditório este pensamento, porque em todo o filme pensamos que era uma relação de carinho que ambos partilhavam. Charlie é internado num hospital onde se "abre" e conta que, em pequeno, era molestado sexualmente pela sua tia.
Um final chocante e triste que nos deixa "pegados" a Charlie.

- a banda sonora -

Melhor escolha era impossível.
O tema que apaixonou os três jovens "Heroes" de David Bowie é deveras peculiar, até na sua letra. A sonoridade dá-nos liberdade e uma sensação de querer realmente "nadar como golfinhos".
O tema que os une "Asleep" dos The Smith é fulcral porque é nesse momento que Emma e Charlie começam a sua relação. A letra é triste porque nos fala de uma partida e o "cantar para adormecer" é a despedida, é o adeus.

- as frases -

Há frases que realmente marcaram o filme.

"Então, esta é minha vida. E quero que você saiba que sou feliz e triste ao mesmo tempo, e ainda estou tentando entender como posso ser assim." - Charlie.
Representa aquilo que Charlie sente, traduz as suas emoções e o que a sua vida é - um misto de confusão.

"Ele é invisível. (...) Você vê as coisas. Você guarda silêncio sobre elas. E você compreende."
- Patrick, sobre Charlie
 Patrick elogiou Charlie por ele o ter aceitado da forma que é sem o julgar. 

E, por fim a frase que ficará gravada em toda a gente que leu o livro ou assistiu ao filme, por traduzir aquilo que Charlie sente e o que todos nós, em algum momento da nossa vida, sentimos ou vamos sentir.

"Eu me sinto infinito."
- Charlie

- a minha opinião/reação - 

Durante todo o filme fui-me apaixonando pelas três personagens principais, havendo momentos de choro e de riso mas, no final, senti as minhas lágrimas a escorrer pelo rosto pela revelação final. 
Um filme no mínimo apaixonante. Ao o ver, eu me senti infinita. 
Recomendo vivamente!

(deixo-vos agora aqui com a música que marcou este filme: 


disfrutem)


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